Corrida pelo low-code: empresas buscam soluções de baixa programação

Utilizada para proporcionar desenvolvimento de software mais ágil, empresas buscam soluções de low-code para atender as necessidades.

Segundo previsões, o mercado de 10 bilhões de dólares deve registrar crescimento de mais de 20% até o fim do ano

Utilizada para proporcionar um desenvolvimento de software mais ágil, a tecnologia Low-Code, que é fundamentada em interfaces drag and drop e viabiliza a redução do número de códigos manuais tradicionais na programação, tem conquistado cada vez mais espaço no mercado. De acordo com previsões efetuadas pelo Gartner, este ano, o setor deve registrar um crescimento maior do que 22% em relação a 2020.

Como está a expansão do low-code?

Segundo o relatório Forecast Analysis: Low-codeDevelopment Technologies, a expansão do desenvolvimento remoto no decorrer da pandemia causada pelo Novo Coronavírus (Covid-19) seguirá ampliando a adesão do Low-Code. Deste modo, o prognóstico é de que até 2022, as Plataformas de Aplicativos Low-Code (LCAP) permaneçam como o maior integrante do setor de desenvolvimento no mercado tecnológico.

Em conformidade com o Jonathan Melo, Diretor de Marketing da Zoho Corporation Brasil – uma das empresas de software mais prolíficas do mundo – o principal motivo pelo qual as organizações estão aderindo a esta tecnologia é a facilidade que ela proporciona.

“O Low-Codetem o diferencial de que para desenvolver um aplicativo ou software, a pessoa não precisa ser profissional de programação. Para as empresas, isso abre espaço para que o setor de TI interno possa explorar as possibilidades de criar um aplicativo que seja específico para atender as demandas que a empresa possui, para a criação de um novo serviço oferecido ou para atender internamente as diferentes áreas dentro da companhia”, explica.

Fatores que também têm contribuído para a aderência do Low-Codesão os benefícios que esta tecnologia proporciona para as empresas como, por exemplo, aumento de produtividade, aceleração de onboarding e redução de custos.

“O Low-Code oferece aos seus usuários modelos pré-definidos e técnicas de ajuda em design gráfico. Com isso, além da praticidade em desenvolver um software exclusivo para seu negócio, que atenda as especificidades da empresa, o custo é muito inferior quando comparado ao que seria investido na criação de uma aplicação do zero”, esclarece Melo.

A empresa Suzano – maior produtora de celulose de eucalipto – é uma das organizações que elabora aplicações por meio de uma LCAP. Recentemente, a organização desenvolveu um aplicativo para a padronização de coletas da área de silvicultura florestal. Segundo Rogerio Souza, Coordenador de TI da Suzano, a empresa optou por utilizar essa tecnologia devido a quatro fatores: facilidade, rapidez, empoderamento do usuário e custo.

De acordo com o Consultor de TI da área Florestal da Suzano, Felipe Monteze, cerca de 90% da aplicação foi completamente desenvolvida por profissionais da área de negócios, que possuem pouco ou nenhum conhecimento de tecnologia da informação.

“A grande vantagem do Low-Code é que você elimina a necessidade de contratar um desenvolvedor especialista em alguma ferramenta. Empoderando o usuário, a área de negócios a fazer esse desenvolvimento, a empresa não altera o custo com a locação de um profissional especializado, ganhando no tempo e no financeiro”, explica Souza.

Outro benefício que o Low-Code proporcionou à empresa, foi a agilidade.

“A nossa aplicação atendeu a todas as áreas florestais da Suzano, algo em torno de 300 usuários  e  foi um desenvolvimento totalmente remoto, que não precisou de deslocamento e durou um período entre dois meses e meio a três”, comenta Monteze.

Utente do Low-Code há alguns anos, a produtora de celulose dispõe de mais de 1600 aplicações desenvolvidas por meio do método e pretende continuar a utilizá-lo.

“Vamos subir um pouco o nível de provocação da área de negócio para nós de TI, Agora, os próximos desafios, são as integrações, queremos algo mais sucinto com API ‘s” – adianta o Consultor de TI da área Florestal.

Ao que tudo indica, cada vez mais empresas seguirão pelo mesmo caminho. Segundo previsões feitas pela Forrester, até o final de 2022, o mercado de Low-Code deve atingir a marca dos 22 bilhões de dólares e, até 2024, 65% dos softwares desenvolvidos serão em Low-Code.

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