Mesmo com a necessidade de agilidade, há projetos que exigem planejamento sólido, previsibilidade e controle rigoroso. Para esses casos, a Metodologia Cascata (Waterfall) é uma ótima abordagem.
Se você busca um modelo estruturado, com etapas bem definidas e um fluxo de trabalho, ela pode ser a solução ideal. Mas como aplicá-lo corretamente?
Entenda, a seguir, como essa metodologia funciona e como a sua empresa pode usá-la na gestão dos projetos.
O que é metodologia cascata (waterfall)?
A metodologia cascata, também chamada de metodologia Waterfall, é um modelo de gestão de projetos que segue um fluxo linear e sequencial. Cada fase do projeto precisa ser concluída antes que a próxima comece, com organização e previsibilidade.
As etapas seguem uma ordem fixa, sem retornos ou mudanças no meio do caminho, com planejamento detalhado, muita documentação - e, por isso, baixa flexibilidade, onde as mudanças no escopo são mais difíceis de implementar.
É muito usada em projetos bem específicos, com escopo complexo, plano detalhado, execução criteriosa, verificação da qualidade e validação. Ou seja, controle rigoroso desde o início, comum em setores como engenharia, construção civil e desenvolvimento de software.
Tradicionalmente, a metodologia tem 5 fases:
Estimativa de requisitos e avaliação da viabilidade;
Design, planejamento do cronograma, dos marcos e dos entregáveis;
Implementação do projeto;
Verificação e teste;
Manutenção de qualquer aspecto após a conclusão;
No entanto, se mudanças constantes forem esperadas, metodologias ágeis, como Scrum, podem ser mais adequadas. Entenda a diferença!
Qual a diferença entre scrum e cascata?
A metodologia Cascata e o Scrum diferem bastante. Como você viu, o Cascata segue um modelo linear e sequencial, onde cada etapa precisa ser concluída, com requisitos bem definidos desde o início.
Já o Scrum, que pertence às metodologias ágeis, é iterativo e incremental. Ele divide o projeto em ciclos curtos chamados “sprints”, que duram, geralmente, de 1 a 4 semanas, com a entrega de certos resultados ao final de cada ciclo.
A abordagem prioriza a adaptação às mudanças, com o envolvimento do cliente e seus feedbacks, equipes auto-organizadas, colaborativas e flexíveis.
Enquanto a Cascata funciona melhor em projetos com escopo bem definido, o Scrum se adapta a mudanças constantes e ciclos rápidos, projetos dinâmicos, inovadores e com requisitos mutáveis.
A tabela abaixo destaca as principais diferenças:
Cascata (Waterfall) | Scrum |
Sequencial e linear | Iterativa e incremental |
Flexibilidade baixa | Flexibilidade alta |
Divisão de fases rígida | Entregas contínuas e flexíveis |
Planejamento seguido à risca | Planejamento adaptável |
Documentação detalhada | Documentação focada no essencial |
Para complementar, é importante entender a diferença das metodologias citadas acima para o Kanban, baseado em fluxo contínuo. Ele ajuda equipes a visualizarem o trabalho, limitarem tarefas em andamento e melhorarem seus processos.
Perto dos outros, Kanban é mais minimalista e direto: nada de sprints, nada de cerimônias obrigatórias, só foco no fluxo do trabalho.
Ele tem um quadro visual e cartões, é transparente, flexível, e com limites de Work In Progress para evitar profissionais sobrecarregados.
Cada metodologia de projeto tem suas vantagens, e a escolha ideal depende do tipo de projeto, equipe e necessidades da empresa.
Quando usar metodologia cascata
Apesar de uma metodologia ágil parecer mais moderna, muitas empresas seguem com a metodologia Waterfall.
Segundo pesquisa do PMI, 56% dos projetos ainda usam metodologias tradicionais, sendo a Waterfall uma das mais populares no mercado.
Afinal, a metodologia em cascata é particularmente útil em contextos específicos. Aqui estão alguns cenários mais adequados nos quais a sua empresa pode usá-la:
1. Requisitos estáveis
A metodologia em cascata é ideal quando os requisitos do projeto são claros, bem definidos e improváveis de mudar. Principalmente quando todos os stakeholders já têm uma visão completa do que desejam e as especificações técnicas podem ser documentadas desde o início.
Isso é comum, por exemplo, no desenvolvimento de sistemas específicos e na construção de infraestruturas, como prédios. Afinal, em projetos de construção, ajustes podem custar uma fortuna e levar muito tempo.
2. Escopo fixo
Quando o escopo do projeto não está sujeito a alterações, a cascata é uma escolha segura, com abordagem previsível, cronogramas e orçamentos definidos desde o início. Essa rigidez é muito comum no desenvolvimento de dispositivos médicos regulados, com altos requisitos legais.
3. Documentação detalhada
Se o projeto requer documentação detalhada de cada etapa, desde os seus requisitos até as manutenções finais, a metodologia cascata é adequada. A sua abordagem pede registros completos, úteis para auditorias, treinamentos e manutenção futura. Por isso, é essencial para setores regulamentados, como financeiro, saúde ou aeronáutico.
4. Alta previsibilidade
A cascata é eficaz em projetos onde os requisitos e resultados são bem conhecidos e os riscos são baixos, muito comum em tarefas repetitivas ou com muitas especificações, como a produção de materiais padronizados.
5. Dependências claras
Se cada fase do projeto depende da anterior e essas dependências são bem compreendidas, a cascata fornece um processo lógico e ordenado para essas interconexões.
Um exemplo muito específico é a implementação de sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), onde a integração depende do término de configurações específicas. Saiba mais a seguir!
Exemplo de uso da metodologia waterfall
Uma empresa de médio porte do setor de manufatura decide implementar um sistema ERP (Enterprise Resource Planning) sob medida para integrar suas operações, como compras, estoque, produção, vendas e finanças.
Por se tratar de um sistema que impacta toda a organização, a empresa opta por usar a metodologia em cascata para garantir certa previsibilidade, documentação robusta e maior controle.
Na etapa inicial, os analistas de negócio entrevistam os stakeholders para compreender todas as necessidades e objetivos. O escopo do sistema é definido detalhadamente, incluindo os módulos, requisitos funcionais, não funcionais e os entregáveis.
Com base nos requisitos, a equipe de design elabora a arquitetura do sistema. Isso inclui:
- Estrutura do banco de dados;
- Interface do usuário;
- Diagramas de integração com outros sistemas.
Então, nessa fase, os entregáveis são o diagrama de arquitetura e o protótipo do sistema.
Os desenvolvedores criam o sistema de acordo com o design aprovado. As funcionalidades são implementadas em sequência, seguindo a priorização do planejamento. Não há mudanças nos requisitos, e o sistema deve ser entregue para os testes.
Ele é submetido a testes rigorosos para garantir que atenda aos requisitos documentados, validando as funcionalidades, a velocidade, a estabilidade, as integrações e mais.
A equipe deve elaborar um relatório com os bugs encontrados e as correções feitas. Por fim, a versão final é testada e aprovada.
Na última fase, em data planejada, é hora da instalação no ambiente de produção, com o treinamento dos colaboradores e a migração de dados vindos do sistema antigo. A implantação deve ser rigorosa para minimizar impactos operacionais.
Após o lançamento, a equipe monitora o sistema para identificar e corrigir eventuais problemas, com manutenções e atualizações.
A metodologia cascata foi ideal para o projeto, onde a empresa sabia exatamente o que precisava desde o início e queria manter as etapas controladas, com registros aprofundados do que foi feito.
Confira os métodos de gerenciamento de projetos!
Vantagens da metodologia waterfall
Como você viu, a metodologia cascata oferece diversas vantagens para projetos com escopo bem definido. Sua previsibilidade facilita o controle de cronogramas e custos, garantindo que cada fase tenha precisão.
Além disso, o modelo sequencial ajuda no controle da qualidade, pois cada etapa deve ser aprovada antes de seguir para a próxima, reduzindo o risco de falhas. A sua documentação detalhada cria um histórico completo e rastreável do proÉ claro, a metodologia também apresenta algumas limitações, com baixa flexibilidade, difícil adaptação a mudanças, e qualquer alteração pode ser cara e demorada.
O produto funcional só é disponibilizado no final do processo, o que pode ser arriscado em mercados dinâmicos onde os clientes esperam mudanças e melhorias contínuas, com agilidade. Para esses casos, metodologias ágeis, como Scrum ou Kanban, são mais eficientes.
Entenda como implementar o Kanban!
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