Para vencer desafios e reinventar o mercado, é preciso olho no futuro e visão de grandiosidade

Desafio, ousadia e coragem. Imagine deixar para trás a segurança de estar conectado ao Google, um gigante global, para se associar a uma empresa bem menor, mas que inspirava uma visão e uma estratégia super ambiciosas. Foi o que fez a CRM7, canal oficial em português de revenda e suporte aos usuários da Zoho.

Mais do que isso, Marcus Vinícius de Camargo Júnior (fundador e co-CEO da CRM7) e Cleber Iyama (co-CEO da CRM7 e sócio da Zoho) contaram no podcast Inspire, da Zoho do Brasil, o quanto a empresa tem o olhar voltado para o presente e sobretudo para o futuro, mesmo quando o assunto é o que se aprendeu no passado.

E tudo começou com a descoberta da Zoho como alternativa à plataforma CRM (Customer Relationship Management, ou Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente) oferecida pela Google e cujas licenças eram vendidas pela CRM7.

Camargo conta que a mudança não foi gradativa. “Eu precisei me envolver com a plataforma e com a cultura da organização passando a usar Zoho para o meu negócio antes de mudar a dos meus clientes. A gente aplicou a plataforma. Vimos que as atualizações de usabilidade eram mais frequentes e que a Zoho avançava de forma mais rápida. Aí a gente começou a oferecer para os nossos novos clientes”, lembra.

A escolha passou a ser um diferencial da CRM7, que desde 2004 tinha familiaridade com plataformas locais de CRM.

Foi aí que eles perceberam ser possível popularizar no Brasil a ferramenta CRM da Zoho, que já se mostrava com uma base estrutural bem sólida. “O CRM era colocado só para os grandes. Mas vimos que era acessível, que a Zoho já estava fazendo isso na Índia e mudando o mercado, mesmo que de uma forma ainda tímida”, comenta. “Deu certo para nós, vamos fazer dar certo para nossos clientes também.”

No entanto, lá por 2011, o Google já tinha mais de uma década de história, e o desafio era convencer o mercado não só sobre a alternativa Zoho mas também sobre a própria adoção da plataforma. Especialmente entre as empresas de médio e pequeno portes), era preciso convencê-las das vantagens de uso de uma plataforma que desse conta das inovações tecnológicas que estavam por vir.

Segundo ele, o mercado ainda hoje vive o boom de crescimento do CRM. Vale lembrar que a plataforma representa a entrada da inovação tecnológica nas empresas a partir da automação de processos – ela conjuga uma série de ferramentas úteis para registrar, acompanhar e fazer acontecer o relacionamento com os clientes.

Da criação de uma lista de aniversários dos clientes ao registro e gestão de contratos, o CRM automatiza os processos e pode alertar sobre os passos a serem tomados a seguir (como o vencimento de um contrato ou o aniversário de um cliente). “Isso nem a agenda nem a planilha Excel fazem”, compara Iyama.

Experiente executivo de contas de empresas offline de comunicação, Cleber Iyama foi pinçado em 2016 do mercado por Camargo, depois de sugerir algumas soluções, de olho em metas, indicadores e performance comercial. “Foi a fusão do conhecimento tecnológico com a minha experiência de rua”, conta Iyama.

Com a visão de vendas aguçada, a estratégia de encarar tudo como um produto foi essencial para alavancar os negócios da CRM7. “Passei a contar sobre como funcionava para mim [a plataforma CRM] e a encantar muitas pessoas”, alega Iyama. “Começamos a vender demais! Até o ponto de que não demos conta mais de atender. O sucesso nos levou a um gargalo”, revela.

Para atuar com maior eficiência no mercado, a CRM7 foi criando produtos escaláveis, de rápida absorção e aplicação, e passou a treinar os vendedores.

Surgiu daí um segundo gargalo: a comunicação interna, que causava algumas frustrações nos colaboradores. A solução foi abrir um setor de Recursos Humanos, com assessoria da Great Place to Work, que colaborou para implementar uma nova visão na empresa. “Hoje já somos uma das melhores empresas para se trabalhar na América Latina. Partimos de 2 colaboradores para 30 e temos 94% de satisfação. Além disso, nos últimos quatro anos, nosso faturamento cresceu 500% em média”, comenta Iyama.

Para Camargo, mais do que ter esses números para se comparar às grandes, a CRM7 buscou aprender com o que dá certo no mercado e sustentar o propósito de “ter uma mentalidade de grande”.

“A forma de pensar foi o maior aprendizado”, define Iyama. “Se a gente olhar o que a CRM7 construiu, é legal, mas não é nem o começo do que vamos fazer”, justifica.

Em um documento que fala sobre o propósito da empresa, os sócios propõem enxergar o negócio de forma grandiosa. “Empresas pequenas trabalham pelo dinheiro. Empresas grandes fazem o dinheiro trabalhar por elas; dinheiro não compra coisas, compra tempo. Essa forma de pensar obriga todo mundo da CRM7 a pensar como podemos melhorar e nos tornar mais útil para a humanidade”, afirma.

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